Esses dias esteve estampado nos grandes jornais e portais (em pequenas notinhas por óbvio) o racismo da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA). Ao escolherem o casal que faria o sorteio dos grupos da Copa de 2014, que acontecerá no dia 6 de dezembro, negaram Lázaro Ramos e Camila Pitanga, e escolheram Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert. Alguns complexados afirmam que se trata de racismo, a FIFA oficialmente ainda não se pronunciou sobre o caso, no entanto fica claro, em minha opinião, que procuravam um casal “mais palatável” ao gosto europeu.
Até aí, “tudo na santa paz de deus” como diria um amigo. O que esperar de uma organização comandada pelo pior da máfia do futebol, que cala e finge que não é com ela, o galopante racismo nos gramados e arquibancadas da Europa? O que esperar de gente que acha um “excesso da torcida” jogar bananas em campo e imitar macacos em referência aos jogadores negros de clubes europeus? Era de se esperar pior.
O que tem impressionado a mim é o silêncio dos “parceiros” da FIFA na organização da Copa. Sim, por que há quem não saiba, pode até passar despercebido, mas existe um ministério dos esportes no Brasil, há até secretarias especiais da Copa nos estados, e em tese são parceiros dessa corrupta entidade na organização da Copa. Até agora, nem um piozinho, nada! Acostumados a deixar para lá os desmandos e desaforos da trupe de Joseph Blatter, parece que entubaram mais essa. Desse jeito o pecado da omissão pode ser confundido com anuência, conivência e outras ências piores.
Como diria Martin Luther King: “o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons!”. O problema, neste caso, é que os “bons” estão muito acostumados a resignação e a “boca de siri”.