Para quem não seja um ingênuo incorrigível, é óbvio que existe uma
central que comanda a difusão artificial de certas modas, sobretudo
aquelas que mais servem à revolução cultural. As “impressões digitais”
dessa misteriosa central se deixam ver na moda dos zumbis: de repente,
como que obedecendo a uma palavra de ordem, aparecem nas principais
cidades do mundo grupos de pessoas que desfilam disfarçadas de cadáveres
ambulantes, e os meios de comunicação lhes servem de caixa de
ressonância: inédita promoção, em grande escala, do horrendo. O que
significa isto?
Um novo tipo humano, personificação da desordem total
O normal seria perguntar de que serve disfarçar-se de cadáver em
decomposição (!!!), o que se quer com isso, e quem promove essa
aberração. A resposta aflora simples e cristalina analisando-se o fato
em função do processo revolucionário que vem corroendo a cristandade
ocidental, descrito magistralmente por Plinio Corrêa de Oliveira em Revolução e Contra-Revolução.
Iniciada com a decadência da Idade Média, essa Revolução com “R”
maiúsculo teve três etapas históricas: a pseudo-Reforma protestante, a
Revolução Francesa e o comunismo. E agora desemboca no que pretende ser
sua etapa final, qual seja a implantação da desordem completa: primeiro
nas almas, modelando um tipo humano que personifique a total desordem
interior, para depois se projetar em todos os atos humanos, individuais e
sociais: é a revolução do caos, a anarquia.
É difícil crer que alguém deseje viver num caos perpétuo. Mas se
entende, se considerarmos que o orgulho e a sensualidade – que são o
combustível que alimenta a chama revolucionária – se satisfazem na
recusa de toda regra e de toda autoridade, e, portanto, de toda ordem.
Uma recusa condensada nos famosos slogans da revolução anarquista de
Paris de 1968: “É proibido proibir” e “Nem Deus nem patrão”.
Para o revolucionário, “libertar-se” da ordem que o “oprime” inclui
libertar-se do belo (a beleza é um aspecto da ordem), assim como se
livrar do jugo de uma apresentação pessoal bela, composta e agradável –
que reflete a dignidade do homem segundo as regras de vida civilizada –,
para saciar seus apetites libertários entregando-se ao desregramento e à
extravagância totais.
fonte
https://ipco.org.br/ipco/notic