Segundo informaram alguns jornais locais de Angola, o Islã foi definitivamente banido do país. Até onde eu pude ler na mídia internacional, as medidas estão sendo justificadas como sendo um esforço para conter a propagação do "radicalismo muçulmano" no país.
Segundo The Daily Caller, mídia americana, funcionários do governo do país africano teriam destruído uma mesquita numa pequena cidade próxima a Luanda, capital de Angola. Um jornal marroquino, citado pelo jornal inglês International Business Times, diz ainda que as medidas atualmente tomadas contra o Islã poderão também ser aplicadas às demais religiões que não forem aprovadas pelo governo.
Bento Francisco Bento, governador da província de Luanda, declarou que os muçulmanos radicais "não são bem-vindos em Angola." "Este é o fim da influência islâmica no nosso país", acrescentou o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
De acordo com o CIA World Factbook, o povo de Angola são em sua maioria uma mistura de tribos locais, mas também há uma pequena comunidade europeia naquele país que corresponder a 2% da população total.
Em Angola, 47% das pessoas conservam crenças religiosas nativas; católicos romanos representam 37% e protestantes outros 15%. Muçulmanos, portanto, seriam uma minoria absoluta no país o que, de certa forma, explica o ocorrido.
A história moderna de Angola incia-se, diria eu, com a articulação local que visava se desligar do Estado português no período pós-Segunda Guerra Mundial concomitante à independência do país em 1975. Nos anos 70, Angola caminhou -- tal como ocorreu em outros países africanos como Etiópia e Moçambique -- rumo a um regime comunista que deixou sua marca até na bandeira do país, que ostenta uma versão africana da foice e do martelo, simbolo amplamente usado na extinta União Soviética. O partido do presidente José Eduardo dos Santos governa o país desde a Guerra de Independência e é fortemente identificado com o nacionalismo de esquerda.
Ademais, o país possui baixíssimos índices de desenvolvimento humano e é sempre classificado como um dos mais corruptos do mundo, além de sobreviver basicamente da exploração de petróleo e pedras preciosas.
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