Como já tinha anunciado na última terça-feira, o Bom Senso F.C. organizou mais um protesto contra as atuais condições oferecidas pelo futebol brasileiro. Nesta quarta, no entanto, a ação foi mais impactante. Primeiro, os atletas entraram em campo com faixas que engrossam as exigências do grupo. Depois, quando o apito inicial foi dado, eles também cruzaram os braços e ficaram parados por cerca de um minuto.
Além do logotipo do Bom Senso F.C., as faixas levam frases de protestos. Em Porto Alegre, por exemplo, estava escrito "por um futebol melhor para todos". Atletas de Grêmio e Vasco seguraram juntos a faixa e depois partiram para o segundo ato: quando o juiz apitou o início da partida, todos ficaram imóveis.
Na partida entre Goiás e Ponte Preta, em Goiânia, uma faixa também foi mostrada, assim como foi feito o movimento de braços cruzados. Com um detalhe: o juiz Claudio Mercante Junior chegou a dar um segundo apito inicial antes de a bola finalmente rolar no Estádio Serra Dourada.
Nas partidas que começaram às 21h (de Brasília), houve uma exceção: os jogadores de Botafogo e Portuguesa até cruzaram os braços, mas não ficaram parados quando a bola rolou. De acordo com a versão online do site Lance, o juiz da partida, Emerson de Almeida Ferreira, teria sido ordenado a dar cartões amarelos para quem fizesse isso.
Porém, no jogo entre Criciúma e Atlético-PR, o protesto ocorreu como previsto, com atletas parados, e não houve qualquer interferência do árbitro Francisco de Assis Almeida Filho.
Logo após os primeiros protestos, o Bom Senso F.C. tinha divulgado no Twitter uma imagem dos atos e prometido que eles aconteceriam em todas partidas da rodada.